KISS antes do grandioso Alive: o que você precisa saber?

E aí, pessoal! Que tal falarmos sobre a loucura daquele comecinho de carreira do KISS nos anos 70? Separa o café ou a cerveja, porque vai ser uma história selvagem!

Imagine o cenário: agosto de 1974, o KISS está gravando dois álbuns em tempo recorde. “Hotter Than Hell”, feito em Los Angeles, teve uma gestação difícil. Com o estoque de músicas acabando, os caras precisaram compor na estrada, misturando novas faixas com sobras dos velhos tempos.

E não podemos esquecer que, em meio às palmeiras ensolaradas da costa oeste, quatro nova-iorquinos se sentiam completamente fora de lugar, embora isso não os impedisse de viver o estilo de vida decadente de rockstars, mesmo ganhando míseros 85 dólares por semana.

E tem mais: eles estavam se metendo nas maiores confusões. Ace Frehley bateu seu carro e acabou machucando seu rosto – sim, estava bêbado. Resultado? Uma sessão de fotos comprometida com metade da maquiagem e uma história para a posteridade.

Os produtores também deram uma escorregada, não conseguindo capturar o som que a banda queria. Mas, apesar disso, surgiram músicas incríveis desse caos, como o proto-groove metal “Watchin’ You”, o power-pop “Comin’ Home” e a ousada “Hotter Than Hell”.

Avançamos seis meses e chegamos em “Dressed to Kill”, gravado em Nova York. Dessa vez, a produção estava afiada, mas o desafio era a falta de material. A solução? Recorrer à biblioteca da Wicked Lester para versões turbinadas de “She” e “Love Her All I Can”. E, minha gente, o resultado foi puro rock n’ roll!

Aí o KISS parte para a estrada com sua turnê e, num momento épico, o road manager J.R. Smalling solta o anúncio: “Você queria o melhor e você o conseguiu, a banda mais quente do mundo… KISS!” E assim, o épico álbum ao vivo “Alive!” nasce.

Mas a coisa não estava fácil nos bastidores. A gravadora Casablanca estava em apuros, Neil Bogart gastando dinheiro como se não houvesse amanhã. A parceria entre o empresário Bill Aucoin e Joyce Biawitz, junto com os problemas de pagamento, só adicionou mais drama. No meio disso tudo, KISS renova com a Casablanca e decide fazer um álbum ao vivo para salvar o barco.

A gravação de “Alive!” foi uma verdadeira novela, com dívidas acumuladas no cartão de crédito, shows em quatro cidades e muita edição no estúdio para esconder os perrengues.

Temos aqui um álbum que se tornaria a essência do hard rock dos anos 70, com explosões, gritos e a energia única do KISS.

O sucesso foi estrondoso! “Rock and Roll All Nite” atingiu o 12º lugar nas paradas, enquanto “Alive!” chegou ao Top 10, vendendo mais de nove milhões de cópias. Até hoje, é um dos álbuns ao vivo mais emblemáticos da história do rock.

Ok, o disco foi BEM regravado em estúdio, mas a essência está ali. Foi um produto KISS que salvou peles de muita gente!

E assim, amigos , amigas e amigues, o KISS conquistou o coração dos fãs e inspirou gerações de roqueiros.

A história do KISS é mais do que uma saga musical, é uma montanha-russa de loucura, talento e dedicação ao rock n’ roll.

Quem sabe seguimos com essa jornada selvagem algum dia?

Aroldo Antonio Glomb Junior é jornalista e Athleticano.

Sobre o colunista

Aroldo Glomb

Jornalista formado. Podcaster. Conhecido no meio da música como “Dr. Rock”.

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