A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) divulgaram um alerta sobre os riscos do uso de medicamentos manipulados ou alternativos para o tratamento da obesidade e do diabetes.
O comunicado destaca que substâncias como semaglutida (Ozempic, Wegovy) e tirzepatida (Mounjaro, Zepbound) exigem um rigoroso processo de fabricação para garantir segurança e eficácia. Versões manipuladas podem não ter o mesmo efeito e apresentar riscos sérios à saúde.
Perigos dos Medicamentos Manipulados
📌 Falta de controle na dosagem – Relatos da FDA apontam que versões alternativas podem conter doses superiores ou inferiores às recomendadas.
📌 Risco de contaminação – A fabricação sem padrões rígidos pode resultar em substâncias adulteradas ou contaminadas.
📌 Eficácia comprometida – Medicamentos biológicos requerem condições específicas de armazenamento e transporte, e produtos manipulados podem perder sua estabilidade.
📌 Falsas promessas – Algumas versões são divulgadas como opções mais acessíveis e eficazes, mas não possuem comprovação científica.
O comunicado reforça que profissionais de saúde não devem prescrever versões manipuladas e que pacientes devem evitar a compra de medicamentos em sites, redes sociais ou WhatsApp.
Falsificações e Escassez Global
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia alertado sobre a escassez global de medicamentos, incluindo o Ozempic, utilizado no tratamento do diabetes tipo 2 e para controle do apetite. A falta desses remédios pode levar pacientes a procurarem alternativas não seguras.
Em outubro de 2024, a Anvisa identificou casos de fraudes envolvendo canetas de insulina reaproveitadas e vendidas como Ozempic. A recomendação é comprar apenas em farmácias regulamentadas e sempre exigir nota fiscal.
Recomendações das Entidades Médicas
✔ Médicos e profissionais de saúde devem prescrever apenas medicamentos aprovados pela Anvisa, com fabricação industrial certificada.
✔ Pacientes devem evitar versões manipuladas e buscar alternativas seguras.
✔ Órgãos reguladores precisam intensificar a fiscalização de laboratórios e distribuidores.
O uso de medicamentos para obesidade e diabetes deve ser feito com acompanhamento médico e seguindo as recomendações científicas e éticas.