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Marketing de Influência: O poder que começou muito antes dos influenciadores digitais

Marketing de Influência: O poder que começou muito antes dos influenciadores digitais

 

Por Francisco Tramujas

Hoje, ao navegar pelas redes sociais, somos bombardeados por influenciadores recomendando de tudo: do suplemento da moda ao destino paradisíaco da vez. Mas… será que isso é realmente uma inovação? Ou apenas uma evolução natural do marketing?

 

A verdade é: o marketing de influência não nasceu com o Instagram, TikTok ou YouTube. A raiz desse fenômeno vem de longe, e já era poderosa décadas antes de alguém usar a palavra “influencer”.

 

Se você acha que o marketing de influência nasceu com o Instagram e os TikTokers, prepare-se para uma viagem no tempo. Enquanto a geração Z acredita que influencers são criações da era digital, os veteranos do mercado sabem: a estratégia de usar ícones para vender sonhos é tão antiga quanto a própria publicidade. E a neurociência tem uma explicação fascinante para isso.

 

1983: Quando Pelé, Kareem Abdul-Jabbar e Mario Andretti Venderam o Futuro

Antes dos “publis” e dos unboxings, houve um momento icônico no marketing. Em plena década de 1980, a Atari revolucionou o lançamento do seu console ao trazer para o comercial três lendas do esporte: Pelé (o “Rei do Futebol”), Kareem Abdul-Jabbar (gigante da NBA) e Mario Andretti (campeão das pistas).

 

Não havia algoritmos, nem stories, mas havia algo ainda mais poderoso: a autoridade cognitiva.

 

O cérebro humano, explicam os estudos de neuromarketing, é programado para confiar em figuras de autoridade e reconhecimento. Quando Pelé aparecia com um joystick, ativava neurônios-espelho no espectador — mecanismos neurológicos que nos fazem imitar comportamentos de quem admiramos. Era uma jogada genial: associar o novo (e desconhecido) videogame à excelência comprovada dos atletas.

 

Essa campanha não vendia só um produto. Vendia um estilo de vida aspiracional, a sensação de fazer parte de uma elite, mesmo que fosse só com um controle nas mãos.

 

A Neurociência Por Trás da Influência: Por Que Seguimos Ícones

Décadas depois, a ciência explica por que aquilo funcionava — e ainda funciona.

 

  • Confiança Química: A ocitocina, hormônio ligado à conexão social, é liberada quando vemos pessoas que admiramos. Isso explica por que um post de um influencer pode gerar mais conversão que uma campanha milionária. Emoção vende.
  • Viés da Autoridade: Segundo o psicólogo Robert Cialdini, autor de As Armas da Persuasão, tendemos a obedecer figuras com status. Os esportistas da Atari não vendiam apenas um game; vendiam pertencimento a um clube de vencedores.
  • Social Proof: Quando milhões seguem um influencer, nosso cérebro entende: “Se todos confiam, deve ser bom”. É o instinto de manada traduzido em cliques.
  • Sistema de Recompensa: Ao ver alguém que admiramos curtindo um produto, ativamos o circuito de dopamina, o mesmo que regula prazer e motivação. É por isso que a influência tem mais a ver com química cerebral do que com roteiro bonito.

 

Evolução do Marketing de Influência: Dos Heróis Nacionais Aos Micro-Influencers

Se nos anos 80 as marcas dependiam de celebridades globais, hoje a internet democratizou o poder da influência. Plataformas como Instagram e TikTok criaram os micro-influencers — pessoas comuns que dominam nichos por meio da autenticidade.

 

Mas por que a mudança?

A neurociência responde: o cérebro desconfia da perfeição excessiva. Conteúdos “crus” e espontâneos ativam respostas emocionais mais intensas que campanhas publicitárias polidas. Quanto mais real, mais conexão. Quanto mais humano, mais conversão.


Dona Jura — Influência com Afeto, Receita e Propósito

Um exemplo vivo dessa nova era de influência é o realizamos na Cacau Foods, com a marca Dona Jura. Ao invés de buscarmos celebridades digitais, optamos por algo muito mais poderoso: trabalhar com mais de 120 confeiteiras reais, de todas as regiões do Brasil, que usam e estimulam o consumo dos produtos Dona Jura no seu dia a dia.

 

Essas confeiteiras não apenas recomendam — vivem o produto. Compartilham receitas, bastidores, histórias emocionantes e conquistas pessoais com o uso da Dona Jura. Elas são mães, empreendedoras, artistas da confeitaria. E sua conexão com o público é visceral.

 

O resultado? Uma comunidade de confiança construída com base na identificação, no toque humano e na repetição do hábito. A Dona Jura não fala com o consumidor. Fala por meio de quem o consumidor confia.

 

Esse é o verdadeiro poder do marketing de influência moderno: a soma da neurociência com a sensibilidade.

 

O Impacto Hoje: Mercado Bilionário e a Era da Confiança Digital

O marketing de influência movimentará US$ 200 bilhões até 2025 (Influencer Marketing Hub). Mas os números escondem o verdadeiro valor: não estamos mais vendendo produtos. Estamos construindo comunidades.

 

  • 72% dos consumidores confiam mais em recomendações de influencers do que em marcas (Morning Consult).
  • 89% das empresas dizem que o ROI do marketing de influência é maior do que outras estratégias (Linqia).

 

E se você ainda acredita que são os algoritmos que mandam no jogo, vale lembrar: algoritmos mudam. A mente humana, não.

 

O Passado e o Futuro Se Encontram no Cérebro do Consumidor
A Atari não sabia, mas estava pavimentando o caminho do que hoje chamamos de neuromarketing. A diferença é que agora temos dados, inteligência artificial e redes sociais. Mas a essência segue intacta: “Pessoas compram emoções. Buscam pertencimento. Compram a versão melhor delas mesmas”.

Seja em 1983 com Pelé ou em 2024 com uma confeiteira de Fortaleza, a fórmula é a mesma:

Influência é sobre confiança. E confiança, meu amigo, é sobre conexão emocional.

 

Então, a pergunta que fica é: “Quem vai influenciar o cérebro do seu cliente antes de você?”

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P.S.: Da próxima vez que ver um influencer, lembre-se: Pelé já fazia isso. Hoje, Dona Jura na cozinha também faz. Só que com mais afeto (e chocolate). 🍫🧁

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