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Lipedema afeta milhões de brasileiras, mas ainda é subdiagnosticado

O lipedema, doença crônica e inflamatória que afeta principalmente mulheres, é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas, quadris, glúteos e, em alguns casos, braços. Embora descrito nos anos 1940, o diagnóstico ainda é raro e o problema segue invisível para muitos profissionais de saúde.

Sintomas recorrentes e diagnóstico tardio

A professora Kallyne Kafuri Alves, de Vitória (ES), conviveu por anos com dor, inchaço e desconforto nas pernas até descobrir, por meio de uma aluna, que seus sintomas eram típicos de lipedema. O diagnóstico foi confirmado por um especialista, o que a levou a compreender os sinais que já apareciam desde a adolescência.

Fatores genéticos e hormonais influenciam

Segundo o cirurgião vascular Vitor Gornati, o lipedema acomete quase exclusivamente mulheres devido à relação com o estrogênio. A condição costuma ter origem genética, afetando até 12% das brasileiras. Ela pode causar varizes, hematomas frequentes, dificuldade para ganhar massa muscular e, em casos avançados, artrose.

Tratamento exige abordagem multidisciplinar

Ainda sem cura ou medicamento específico, o tratamento inclui alimentação equilibrada, exercícios, drenagem linfática e, em casos graves, lipoaspiração. Kallyne relata que a disciplina é essencial para conter os sintomas e manter a qualidade de vida.

Estigma e falta de informação dificultam diagnóstico

O preconceito associado ao corpo feminino e à gordura corporal contribui para o atraso no reconhecimento da doença. Muitas mulheres passam anos sofrendo, sem saber que os sintomas têm explicação médica e tratamento disponível.

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