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Ação de “piratas do óleo” preocupa autoridades e pode gerar multas aos restaurantes

Foto: Sora/Divulgação

A dona de casa Teresinha de Jesus espera todas as quartas-feiras à tarde com seu óleo vegetal em garrafas pet para entregar a um carro que passa em sua rua recolhendo o produto, pois segundo ela, é preciso cuidar do meio ambiente. O que Teresinha não sabe é que ela pode, ao contrário do que pensa, contribuir para a poluição e estar agindo contra a saúde pública.

Os chamados “piratas” do óleo vegetal são pessoas ou “empresas” que recolhem o óleo usado da casa das pessoas ou até mesmo em restaurantes com a promessa de que irão dar a destinação correta ao produto mas acabam apenas revendendo o mesmo óleo, depois de filtrado, como se fossem novos:

“Essas empresas recolhem o óleo, algumas vezes até mesmo se passando por empresas licenciadas, depois filtram, engarrafam novamente e descartam os rejeitos  irregularmente, revendendo o óleo como se fosse novo. Ou seja, um mesmo restaurante que descartou o óleo para reciclagem pode estar comprando exatamente óleo, agora, colocando em risco a saúde dos clientes” conta Vitor Dalcin, Diretor da Ambiental Santos.


Coleta irregular pode gerar multas

Os restaurantes e bares são responsáveis pelo descarte correto do óleo que utilizam e para isso contam com a ajuda de empresas com licenças ambientais e de transporte que geram certificados, sem eles, para a lei, é como se o restaurante não estivesse cumprindo a lei:

“É preciso entender que a cadeia de reciclagem do óleo vegetal é imensa e todas as pontas precisam ser atendidas. Por exemplo, a garrafa pet que guarda o óleo a ser reciclado também precisa ser reciclada, a água usada no processo, necessita de tratamento, e assim por diante. Apenas entregar o óleo no carro da rua está longe de fechar a cadeia” finaliza Dalcin.

Para que a reciclagem seja completa, orienta-se que bares e restaurantes fechem parcerias com recicladoras liberadas pelas autoridades competentes e com capacidade técnica para fornecer certificados. Para a dona de casa comum, há milhares de pontos de coleta em bares e supermercados para a entrega do óleo de maneira segura.

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