Enquanto os EUA e a China tentam resolver suas divergências, Goldman Sachs se junta an outros bancos que reduzem suas previsões de crescimento da China para este ano. A expectativa de que o Banco da Inglaterra continue aumentando as taxas de juros continua an agitar a competição dos bancos centrais nesta semana. A investigação sobre suposta fraude na Americanas (BVMF:AMER3) deve se desenvolver no Brasil.
1. Os EUA e a China estão em conversas.
No domingo, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e seu colega chinês, Qin Gang, tiveram uma reunião no que eles chamaram de uma conversa aberta e constructiva com o objetivo de amenizar as divergências entre as duas superpotências econômicas mundiais.O comércio, a situação do setor de semicondutores em todo o mundo, o governo autônomo de Taiwan e o histórico de direitos humanos de Pequim provavelmente foram temas de discussão.Embora essa reunião – a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA à China em cinco anos – não espere nenhum avanço, espera-se que o fato de os dois lados conversarem evite que as divergências entre as duas nações rivales se transformem em conflito.
2. Goldman reduz as expectativas de crescimento da China
O Goldman Sachs se juntou an um grupo crescente de grandes bancos que estão olhando para a recuperação pós-pandemia da China de uma perspectiva mais pessimista, reduzindo suas previsões para o crescimento econômico do país asiático.O banco de investimentos influente reduziu sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo para o ano inteiro de 6% para 5,4% e também reduziu sua previsão de crescimento para 2024 de 4,6 por cento para 4,5 por cento. O Goldman acompanha empresas como Bank of America, JPMorgan, UBS e Standard Chartered na redução de suas previsões de crescimento. Eles atribuem essa redução à desaceleração do mercado imobiliário do país.Em uma nota divulgada no final do domingo, os analistas do Goldman afirmaram: “Julgamos que os ventos contrários ao crescimento são provavelmente persistentes, enquanto os formuladores de políticas são limitados por considerações econômicas e políticas para oferecer um estímulo significativo.”Embora não haja dados econômicos significativos e de lucros disponíveis na segunda-feira, os investidores ainda estão preocupados com a desaceleração do crescimento na Europa – com a zona do euro entrando em recessão no primeiro trimestre do ano – e na China, que é um motor importante do crescimento regional. Além disso, o Federal Reserve afirmou que pode haver novos aumentos nas taxas durante o verão enquanto o banco central tenta controlar an inflação, o que pode resultar em uma recessão na maior economia do mundo.
3. O foco continua nos bancos centrais
Na terça-feira, o Banco Popular da China é o primeiro dos bancos centrais desta semana a ser destacado. Na semana passada, o PBOC reduziu algumas taxas de empréstimo para ajudar an estimular sua economia em declínio. Além disso, é esperado que o PBOC faça o mesmo com uma redução de 10 pontos-base em seu site de taxa de empréstimo principal, para aliviar a pressão sobre seu mercado imobiliário instável. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro determinará a taxa de juros na quarta-feira, 21, com an expectativa consensual de que a Selic permaneça em 13,75%. O Banco da Inglaterra, por outro lado, deve aumentar as taxas de juros em mais 25 pontos-base na quinta-feira, mantendo a taxa de juros mais alta do G7, mais de quatro vezes superior à meta de 2%.Além disso, Hafize Gaye Erkan, recém-nomeada governadora do banco central turco, realizará sua primeira reunião de definição de políticas nesta semana. Além disso, são esperados aumentos nas taxas em Suíça e Noruega. A nomeação de Erkan, um ex-banqueiro de Wall Street, pelo presidente Tayyip Erdogan, que foi eleito para seu terceiro mandato no mês passado, aumentou as expectativas de que a Turquia abandonará as políticas pouco ortodoxas que fizeram com que a lira despencasse para mínimos históricos.
4. O petróleo está caindo, perdendo uma parte de seus lucros da semana anterior.
Na segunda-feira, os preços do petróleo caíram devido às preocupações de que a recuperação econômica instável da China afetará a demanda do maior importador de petróleo do mundo no segundo semestre do ano. Às 7h55, os futuros do petróleo dos EUA tiveram uma queda de 0,28%, para US$71,73 por barril. Os futuros do petróleo Brent tiveram uma queda de 0,26%, para US$76,41 por barril. Na semana passada, ambos os índices de referência tiveram seus primeiros ganhos semanais neste mês. Isso foi ajudado pelo Federal Reserve, que interrompeu uma série de apertos monetários, e pelas expectativas de que a China fortaleceria ainda mais sua economia em dificuldades. No entanto, devido às preocupações sobre a recuperação pós-covid da segunda maior economia do mundo, vários bancos importantes, incluindo Goldman Sachs , cortaram suas previsões de crescimento do PIB da China para 2023.
5. As próximas ações da CPI em relação à crise das Americanas
Nas próximas semanas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a crise contábil da Americanas deve continuar investigando o rombo bilionário, agora referido como fraude pela varejista. Esta terça-feira, 20, os questionamentos aos representantes do Banco Central da CVM serão dirigidos pelo relator da Comissão, o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC). As perguntas serão enviadas aos ex-diretores da empresa na primeira semana de julho. Depois disso, as auditorias KPMG e PwC devem ser convocadas. De acordo com Leonardo Coelho Pereira, CEO da Americanas, os documentos analisados indicam que as planilhas vinham sendo maquiadas, com suposta associação à fraude. Além da CPI, a CVM também está sendo investigada