Quem foi melhor: Senna ou Piquet? E qual a lição para a gestão?

Por Francisco Tramujas

Gostaria de expressar meu agradecimento especial ao meu amigo e parceiro Cleberson Barros , que me inspirou a escrever sobre este tema tão relevante e instigante.

 

Em diversos contextos, desde a administração corporativa até a análise de desempenhos esportivos, as tomadas de decisões baseadas em dados objetivos frequentemente superam escolhas guiadas por emoções ou preferências subjetivas. Uma comparação clara disso pode ser observada na discussão sobre os dois icônicos pilotos brasileiros de #Fórmula1: #Ayrton #Senna e Nelson #Piquet.

 

Nelson #Piquet, tricampeão mundial, é amplamente reconhecido por sua longevidade na categoria e por suas contribuições técnicas ao automobilismo. Por outro lado, Ayrton #Senna, também tricampeão, é frequentemente lembrado como um piloto excepcional, especialmente por suas performances em condições adversas. Quando avaliamos esses dois competidores sob uma perspectiva objetiva, utilizando sete critérios quantitativos, a superioridade de Senna é evidente em cinco deles.

 

Dados Objetivos da Comparação

Critério Ayrton Senna Nelson Piquet

 

 

Análise Comparativa

Os únicos aspectos em que #Piquet supera #Senna são o maior tempo de participação na Fórmula 1 – 14 anos comparados aos 11 anos e 3 corridas de Senna – e, consequentemente, o número absoluto de corridas disputadas. Esses fatores, no entanto, estão mais relacionados à longevidade do que à performance propriamente dita.

Nos demais critérios objetivos, #Senna apresenta uma clara superioridade:

  • Vitórias Totais: Com 41 vitórias, Senna supera com folga as 23 de Piquet.
  • Aproveitamento: Enquanto Senna venceu 25,3% das corridas que disputou, Piquet venceu 11,1%, indicando uma diferença significativa na taxa de sucesso.
  • Média de Vitórias: Senna conquistou uma vitória a cada 4 corridas, enquanto Piquet levou 9 corridas em média para atingir cada triunfo.
  • Pole Positions: Senna é amplamente reconhecido por seu desempenho em classificações, com 65 poles contra 24 de Piquet.
  • Pontos: O brasileiro também supera Piquet no total de pontos acumulados durante suas carreiras: 614 contra 485,5.

 

A Performance de Senna em Cenários Adversos

Assim como grandes gestores conseguem performar de maneira extraordinária em cenários desafiadores, Ayrton Senna destacou-se em corridas com chuvas, um dos ambientes mais complexos e imprevisíveis da Fórmula 1. Mais de 30% de suas vitórias foram conquistadas em condições de pista molhada, um feito raro entre seus concorrentes. Essa habilidade não foi fruto do acaso, mas do desenvolvimento de uma competência específica e de anos de formação.

Um exemplo marcante ocorreu em 1984, durante sua temporada de estreia pela modesta equipe Toleman. No lendário GP de Mônaco, sob intensa chuva, Senna largou em uma posição desfavorável no grid e rapidamente escalou o pelotão, chegando à segunda colocação e pressionando o líder Alain Prost, então na poderosa McLaren. A corrida foi encerrada antes do previsto devido às condições climáticas, frustrando sua primeira vitória, mas consolidando sua reputação como um mestre em condições adversas.


Lições para a Alta Gestão

Assim como ocorre nessa comparação entre dois dos maiores nomes da Fórmula 1, é essencial que decisões corporativas sejam tomadas com base em dados estratégicos, evitando que preferências subjetivas ou percepções não fundamentadas impactem os resultados da organização. A gestão eficaz exige:

  1. Definição de Critérios Objetivos: Identificar os indicadores-chave de desempenho (KPIs) mais relevantes para avaliar alternativas ou métricas.
  2. Análise Quantitativa: Priorizar dados que possam ser mensurados, comparados e correlacionados com objetivos organizacionais.
  3. Transparência: Garantir que os processos de tomada de decisão sejam claros e acessíveis, reduzindo a subjetividade.
  4. Alinhamento Estratégico: As escolhas devem estar diretamente conectadas aos objetivos de longo prazo da organização.

Na análise esportiva ou empresarial, a “emoção” tem um papel importante no engajamento, mas é apenas através de dados que podemos garantir resultados consistentes e alinhados com os objetivos traçados. Ayrton Senna, analisado sob essa perspectiva, claramente se destaca, evidenciando que a superioridade em performance supera a longevidade isolada como métrica de sucesso. Além disso, sua habilidade de excelência em cenários complexos serve de inspiração para gestores e executivos que buscam se destacar em momentos de adversidade.

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Sobre o colunista

Francisco Tramujas

Especialista em Planejamento estratégico com foco nas seis áreas da Gestão (Estratégia, Financeiro, Pessoas, Comercial e Marketing, Processos e Projetos).

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