- Foto: SEEC
Gosta de arte? Então olha essa: a Museu Casa Alfredo Andersen inaugurou neste a exposição “Conexões”, com obras de Carla Ruschmann. A mostra, que fica em cartaz até 15 de setembro, reúne uma série de pinturas que exploram a interseção de dois círculos e o uso da geometria como expressão de conceitos vitais, buscando harmonia entre formas, cores e espaço.
- A série, que surge a partir de uma pintura criada como um feng shui de proteção, apresenta também o conceito de geometria sagrada e vesica piscis. “Essa interseção representa a semente, tem a ver com a vida, com duas células que se encontram e criam uma terceira. É uma metáfora da união e da criação, tanto física quanto simbólica”, diz a artista.
A simetria nas obras de Carla Ruschmann
- Embora a simetria constitua um ponto de partida nas obras de Carla Ruschmann, em determinados momentos, a artista opta por desvirtuá-la. “Algumas composições aparentam ser simétricas, mas ao aplicar tonalidades distintas no eixo vertical, a simetria é interrompida, resultando em uma dinâmica visual singular”, afirma.
- Em relação à paleta de cores, Ruschmann enfatiza: “Trabalho a partir de duas unidades que geram uma terceira, a semente. Busco utilizar cores contrastantes dentro do círculo cromático, quase como opostos. Essa escolha simboliza a dualidade entre o feminino e o masculino, representando a interação entre duas unidades que se complementam”.
- A trajetória da artista no campo da geometria teve início na faculdade, quando se dedicava a retratar o mar. “Gradualmente, comecei a geometrizar as formas, inspirando-me em Pancetti, mas de uma maneira ainda mais simbólica e matemática”. Contudo, foi durante seu doutorado na Universidade de Granada, na Espanha, que Ruschmann aprofundou seu estudo e prática artística.
Serviço
Mostra “Conexões”, de Carla Ruschmann
Abertura: 10 de agosto, às 10h
Em cartaz até 15 de setembro
Local: Museu Casa Alfredo Andersen (R. Mateus Leme, 336 – São Francisco)