E se você sumir do seu celular?

No ônibus? Celular.
Na fila? Celular.
No banheiro? Celular.

Alguns são tão “viciados” em celular que não abandonam o aparelho nem mesmo no número 1, nem lavar a mão, lavam. Achou pouco higiênico? É bem mais comum do que possa parecer. No Brasil, o número de aparelhos celulares alcança 114% da população (evidentemente algumas pessoas têm mais de um aparelho) e com a popularização da internet, o senso de urgência ganhou outros contornos.

As pessoas ganharam a impressão de que elas são insubstituíveis. De que se deixarem de ver uma mensagem, demorarem a responder, o mundo “vai acabar”.

Não vai.

E a pergunta: se você perder o seu celular hoje, como será? A pergunta é retórica porque eu mesmo respondo: nada. O mundo não depende da sua existência. O mundo será exatamente o mesmo. Vai continuar a girar. As pessoas vão continuar a nascer e a morrer. O trabalho continuará sendo feito.

Com isso estou dizendo que não fazemos falta? Não.
Estou dizendo que a sua presença 24 horas por dia no celular não faz.

Mas qual é o principal problema de usar a ferramenta? Nenhum. O problema é que tornamos o celular, nossa vida e deixamos literalmente de viver a realidade e vive em função de outro, que também vive em função de outro…

Quantas vezes você vai em uma festa, jogo de futebol, cinema e até mesmo reuniões de trabalho ou aulas e a pessoa está ali, imersa no celular, perdendo toda a realidade que a cerca. Deixando de viver coisas que poderiam ser extremamente prazerosas e até mesmo mudar a sua vida, mas não… o feed das redes sociais era mais importante.

Pode estar sendo utópico? Claro. Talvez essa realidade esteja sendo imposta e não há o que se fazer, mas atenção: o mundo é feito de etapas. É preciso separar. O tempo da família. O tempo do celular é o tempo do celular. O tempo do trabalho é o tempo do trabalho.

Esteja presente.
Seja presente.
De mente e corpo e não só corpo.
Se reúna.

Se você demorar para responder uma mensagem, nada vai acontecer.
Se for realmente importante, alguém usará aquela técnica arcaica da ligação e você será acionado.

Tempo não é negociável.
Não pode ser comprado.
Não dê, algo que nem pode ser comprado.

Sobre o colunista

Ediney Giordani

Jornalista, xoxial mídia, blogueiro, podcasteiro, escrevinhador de livros, pagador de promessas e impostos. Chão de Fábrica na KAKOI Comunicação.

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