Foto: Daniel Castellano / SMCS
O Zoológico de Curitiba, localizado no Alto Boqueirão, celebra um notável avanço com o nascimento de três filhotes de ema, aves nativas do Brasil que estão classificadas como vulneráveis. O evento, ocorrido no dia 16 de outubro de 2024, marca uma etapa importante na história da unidade de conservação, sendo os primeiros filhotes nascidos a partir de um processo de reprodução natural conduzido pelos pais em 16 anos. A presença desses novos membros da espécie não apenas enriquece a fauna do zoológico, mas também ressalta a importância das iniciativas de conservação e proteção dos animais ameaçados.
As emas, do grupo das ratitas, apresentam características distintivas, como a incapacidade de voar e a responsabilidade parental dos machos, que incubam os ovos e cuidam dos filhotes. Segundo Nancy Banevicius, bióloga e chefe do Serviço de Fauna, a estrutura do zoológico agora comporta sete emas, um número que deve aumentar em breve, pois os machos estão em processo de chocagem de novos ovos. Este cenário proporciona uma perspectiva promissora para a continuidade da espécie na região.
Onde estão as emas?
Geograficamente, as emas são encontradas em diversas áreas do Brasil, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sul. No entanto, são consideradas vulneráveis devido a ameaças como a caça e a degradação ambiental. A sobrevivência da espécie é crucial, visto que algumas populações já enfrentam a possibilidade de extinção. O Zoológico de Curitiba não apenas resgata animais oriundos de situações adversas, mas também fomenta a conscientização sobre a necessidade de proteção das espécies nativas.
Os cuidados dos tratadores com os filhotes e os ovos são fundamentais para o sucesso da reprodução e expansão da população de emas. O compromisso da equipe em garantir que esses animais prosperem, aliado ao ambiente controlado e seguro que o zoológico proporciona, estabelece uma base sólida para a reabilitação e recuperação da fauna local.
É evidente que a preservação das emas e de outras espécies ameaçadas deve ser uma prioridade, não apenas para o zoológico, mas para toda a sociedade. Iniciativas como a do Zoológico de Curitiba são vitais para a proteção dos ecossistemas e para garantir um futuro equilibrado e sustentável para as próximas gerações. A continuidade desse trabalho de conservação poderá não apenas aumentar os números de emas em cativeiro, mas também contribuir para a educação ambiental e a sensibilização da população em relação à fauna brasileira.